Globalização
Globalização
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Processo de Globalização
A globalização é o processo de
interligação e interdependência entre as diferentes sociedades e resulta em uma
intensificação das relações comerciais, econômicas, políticas, sociais e culturais
entre países, empresas e pessoas. Esse fenômeno é possibilitado pelo avanço das
técnicas, com destaque para os campos das telecomunicações e dos transportes. A
expressão “globalização” foi criada na década de 1980. No entanto, não podemos
dizer que ela seja um processo recente, uma vez que teria se iniciado ao longo
dos séculos XV e XVI, com a expansão
ultramarina europeia, que iniciava uma era de integração plena entre
o continente europeu e as demais partes do planeta. Por outro lado, foi apenas
na segunda metade do século XX que esse fenômeno encontrou a sua forma mais
consolidada.
Alguns
autores costumam diferenciar a globalização da mundialização, afirmando que esse
último termo corresponde ao início da expansão comercial colonial e que o
primeiro seria propriamente a integração mundial em tempos mais recentes.
Divergências à parte, podemos dizer que o mundo só alcançou o nível atual de
integração graças aos desenvolvimentos realizados, como já dissemos, no âmbito
dos transportes e das comunicações.
Esses
meios são importantes por facilitarem o deslocamento e a rápida obtenção de
informações entre pontos remotos entre si. Tais avanços, por sua vez, ocorreram
graças à ||| Revolução Industrial, também chamada de Revolução
técnico-científica informacional, que propiciou o desenvolvimento de novas
tecnologias, como a computação eletrônica, a biotecnologia e inúmeras outras
formas produtivas. Outro fator que também pode ser tido como uma das causas da
Globalização é o desenvolvimento do Capitalismo Financeiro e bancos e pela
divisão das instituições privadas em ações. Hoje em dia, o mercado financeiro,
por meio das bolsas de valores, operam em redes internacionais, com empresas de
um país investindo em vários lugares, alavancando o nível de interdependência
econômica.
Com essa facilidade em termos de movimentação
e comunicação em níveis internacionais, é possível observar que, com a
globalização, as distâncias e os obstáculos geográficos tornaram-se menos
determinantes em termos de facilidade para a concretização de negócios. Por
isso, há a expressão “compressão espaço-tempo”, pois o mundo teria ficado menor
diante da rapidez das informações, que, consequentemente, tornou o tempo também
mais rápido, sobretudo durante as seguidas inovações tecnológicas. A título de comparação, a carta de Pero Vaz
de Caminha ao rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil levou alguns
meses para chegar ao seu destino. Em 1865, o assassinato do presidente dos
Estados Unidos, Abraham Lincon, foi informado duas semanas depois na Europa. Já
em 11 de setembro de 2001, os atentados terroristas às torres gêmeas do World
Trade Center foram acompanhados em tempo real, com o mundo vendo ao vivo o desabamento
dos prédios.
Um dos mais notáveis efeitos da Globalização é, sem dúvidas, a
formação e expansão das multinacionais, também conhecidas como transnacionais
ou empresas globais. Essas instituições, em alguns casos, são maiores e mais
ricas do que muitos países e possuem seus serviços e mercadorias
disponibilizados em praticamente todas as partes do planeta. As fábricas, em
muitos casos, migram das sociedades industrializadas para os países periféricos
em busca de mão de obra barata, matérias-primas acessíveis e, claro, maior
mercado consumidor, isso sem falar na redução ou isenção de impostos.
Outro efeito da Globalização foi a formação dos mercados
regionais. Anteriormente vistos como empecilhos para a integração mundial, os
blocos econômicos passaram a ser a principal peça para o desenvolvimento da
economia em nível global, pois são responsáveis pela articulação em conjunto
dos países, que passaram a atuar nos processos de negociação para aberturas
econômicas e entrada de pessoas e bens para consumo.
Apesar de amplamente difundida, há muitos protestos e críticas à
globalização, sobretudo ressaltando os seus pontos negativos. As principais
posições defendem que esse processo não é democrático, haja vista que os
produtos, lucros e desenvolvimentos ocorrem predominantemente nos países
desenvolvidos e nas elites das sociedades, gerando margens de exclusão em todo
o mundo. Críticas também são direcionadas à padronização cultural ou
hegemonização de valores, em que o modo de vida eurocêntrico difunde-se no
cerne do pensamento das sociedades.
De toda forma, a Globalização está cada vez mais consolidada no
mundo atual, embora existam teóricos que, frequentemente, reafirmam a sua
reversibilidade, sobretudo em ocasiões envolvendo revoltas contra o seu
funcionamento ou o próprio colapso do sistema financeiro. O seu futuro, no
entanto, ainda está à mercê não tão somente das técnicas e da economia, mas
também dos eventos políticos que vão marcar o mundo nas próximas décadas.
1.1
Desafio da Globalização para os administradores
A
globalização impôs novas exigências para os líderes de empresas globais, além
do conhecimento de gestão, da capacidade de inovar, de se adaptar de forma
rápida e eficiente à nova realidade e de prever cenários e o futuro. Outro
grande desafio é trabalhar com times de diversos países, multiculturais, e
criar relacionamentos e alianças estratégicas ao redor do mundo que ajudem a
desenvolver os negócios.
A
globalização da economia é melhor para países desenvolvidos, que podem
aproveitá-la com maiores benefícios, do que para os países emergentes. Os
Estados Unidos e o Japão praticam um protecionismo sofisticado por meio de
sobretaxas e controle de qualidade, são maiores beneficiários da globalização.
A globalização é fundamental mas, com cautelas necessárias, o maior desafio
atual é criar um sistema de maximizar o crescimento global, que seja mais
equitativo e capaz de integrar as potências econômicas emergentes.
O novo papel
das pequenas empresas torna-se vital nesse novo contexto. Faz-se necessário
desenvolver canais de acesso das micros e pequenas empresas ao mercado global.
A
globalização está criando uma situação para que o administrador tenha condições
de capacitação profissional e mobilização pessoal para desempenhar suas
atividades em mundo de negócios que exigem dela a compreensão de outras
culturas. O novo desafio da globalização não é mais um simples campeonato
nacional ou sul-americano. É uma verdadeira olimpíada mundial.
O processo
de globalização passa por 4 estágios:
•
Estágio
doméstico: O mercado potencial é limitado pelo mercado
nacional, com todas as instalações de produção de marketing localizada no país.
•
Estágio
internacional: As exportações aumentam, e a empresa geralmente
adota uma abordagem multidoméstica, quase sempre utilizando uma divisão
específica para lidar com o marketing em vários países individualmente.
•
Estágio
multinacional: A empresa tem instalações de produção de marketing
localizada em vários países, com mais de um terço de suas vendas fora do país.
• Estágio global: São as corporações internacionais que ultrapassam
a centralização em um determinado país.
“No futuro
próximo, existirão 2 tipos de empresas: as que atuarão globalmente e aquelas
que morrerão”
(Laurel Delaney)
(Laurel Delaney)
A facilidade de comunicação/transporte para qualquer lugar do mundo trouxe novos desafios e oportunidades aos administradores:
•
Clientes: Ficou mais
fácil explorar novos mercados ao redor do mundo, criando ou adequando produtos
/ serviços conforme a cultura e necessidades dos clientes.
•
Concorrência:
O administrador precisa enfrentar não só a concorrência local, mas do
mundo inteiro, e muitas vezes com produtos bem mais baratos e de qualidade
satisfatória.
As melhores práticas e inovações são rapidamente copiadas e também devem ser buscadas pelo administrador no mundo todo, inclusive em empresas de outros segmentos.
As melhores práticas e inovações são rapidamente copiadas e também devem ser buscadas pelo administrador no mundo todo, inclusive em empresas de outros segmentos.
•
Fornecedores:
As opções aumentam, podendo buscar fornecedores mais baratos, ágeis,
com melhores formas de pagamento e de maior qualidade.
•
Investidores:
As opções aumentam também, mas é preciso dar maior atenção à dinâmica
das economias mundias e aos seus reflexos, assim como na cultura dos
investidores e na legislação vigente.
•
Tecnologia: A tecnologia
é fundamental para manter a competitividade. A tecnologia da informação se
torna ainda mais importante para a gestão do conhecimento da empresa e a
necessidade de comunicação com pessoas em diferentes partes do mundo.
•
Logística: Aumenta a
importância da logística com a crescente necessidade de receber/enviar
materiais com segurança, velocidade e precisão no mundo todo.
•
Funcionários:
Considerar as vantagens da terceirização para empresas de outros
países, buscando menores custos e maior qualificação, é necessário para
enfrentar a competição global.
A elevada qualificação da concorrência e as constantes inovações fazem ainda mais necessária a atualização e o treinamento contínuo dos funcionários.
Também é preciso buscar / atrair e manter talentos vindos de todas as partes do mundo, auxiliando-os na obtenção de vistos / moradia / transporte e na adaptação.
Outro desafio é adequar as práticas da empresa aos funcionários de cada cultura.
O treinamento em idiomas, tecnologias da informação e a realização de intercâmbios são fundamentais p/ minimizar o choque entre as diferentes culturas.
É necessário descentralizar o poder, fortalecendo os líderes locais, p/ aumentar a agilidade das ações e no conhecimento da cultura local.
A elevada qualificação da concorrência e as constantes inovações fazem ainda mais necessária a atualização e o treinamento contínuo dos funcionários.
Também é preciso buscar / atrair e manter talentos vindos de todas as partes do mundo, auxiliando-os na obtenção de vistos / moradia / transporte e na adaptação.
Outro desafio é adequar as práticas da empresa aos funcionários de cada cultura.
O treinamento em idiomas, tecnologias da informação e a realização de intercâmbios são fundamentais p/ minimizar o choque entre as diferentes culturas.
É necessário descentralizar o poder, fortalecendo os líderes locais, p/ aumentar a agilidade das ações e no conhecimento da cultura local.
•
Inovação: Inovar
melhorando ou criando novos serviços / produtos / processos / tecnologias é a
melhor forma de competir globalmente, pois obtêm-se uma certa vantagem enquanto
a concorrência corre para se reestruturar.
2
Referências Bibliográficas
2- https://www.coladaweb.com/administracao/globalizacao-oportunidades-e-desafios-para-as-organizacoes

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